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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Vinte e cinco integrantes do Anonymous são presos na Espanha e na América Latina

Operação fo realizada em 15 cidades e resultou na apreensão de 250 computadores e celulares.
Reuters. Por Blanca Rodriguez - Espanha, Argentina, Chile e Colômbia prenderam na terça-feira 25 suspeitos de serem hackers ligados ao grupo ativista Anonymous, sob a acusação de invadirem sites governamentais e corporativos, segundo as autoridades.

Quatro suspeitos foram detidos nas cidades de Madri e Málaga, e polícia espanhola acusou também um deles de divulgar dados pessoais sobre policiais e guarda-costas da família real e do primeiro-ministro.

A Interpol disse que a operação aconteceu em 15 cidades e resultou na apreensão de 250 computadores e celulares. Os sites da Presidência e do Ministério da Defesa da Colômbia e da empresa elétrica chilena Endesa estavam entre os alvos dos hackers, segundo a Interpol.

O Anonymous é um grupo informal suspeito de coordenar ataques de hackers contra instituições, multinacionais e organizações governamentais de todo o mundo. "Esses ataques cibernéticos eram às vezes ações individuais, mas foram apoiados por muita gente que somou forças e conhecimentos para cometê-los", disse a polícia espanhola em nota. "Os detidos (...) tinham um elevado grau de conhecimento sobre a tecnologia da informação."

Recentemente, o grupo WikiLeaks começou a divulgar mais de 5 milhões de emails oriundos da consultoria norte-americana de análise geopolítica Stratfor, que foram supostamente obtidos por hackers ligados ao Anonymous. Na Espanha, dois dos quatro suspeitos permaneciam detidos, e os outros dois, incluindo um menor de 16 anos, foram libertados mediante fiança, segundo a polícia.

Segundo a polícia espanhola, os hackers atacaram sites de partidos, colocando dentes de vampiros nas fotos dos dirigentes. Companhias espanholas também teriam sido alvo. Além disso, eles teriam criado uma sala de bate-papo na Internet para ajudar na realização de ataques na Espanha e na América Latina.

Após as detenções, surgiram em salas suspeitas apelos para que hackers de fora da Espanha realizem ataques ao site da polícia espanhola, para que ela "não tenha dados suficientes que levem a novas prisões", segundo a nota.

Em junho, a polícia espanhola prendeu três supostos ativistas do Anonymous, por suspeitas de ataques contra alvos como a loja Playstation, governos, empresas e bancos.

Altemar Carneiro fonte TM

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Especialistas em hacktivismo criticam ações do AnonymousBR



Reprodução
Anonymous
Daniel Junqueira

Uma série de ataques do grupo AnonymousBR, que se considera uma versão nacional do Anonymous, derrubou sites de bancos na semana passada como uma forma de protestar contra a corrupção no Brasil. O grupo usou "computadores zumbis" para tirar os sites do ar com ataques de negação de serviço.

Para muitos, isso poderia ser considerada uma forma de "hacktivismo", união de hackers com ativistas. Porém, em um debate na Campus Party, alguns especialistas em ciberativismo afirmaram que as ações feitas pelos brasileiros são bastante diferentes dos Anonymous internacionais.

"Essas pessoas que se denominam Anonymous no Brasil não refletem uma posição ideológica, uma luta específica. O que a gente vê parece mais uma farra do que um protesto", afirmou Anchises de Paula, um dos fundadores do Garoa Hacker Clube, primeiro HackerSpace brasileiro. "Eles atacam sites por atacar, páginas que não têm nada a ver com nada para protestar contra alguma coisa, como a falta de ventilador na Campus Party", disse, brincando com a frequente reclamação dos campuseiros em relação ao forte calor que faz dentro do Anhembi.

Segundo Anchises, o brasileiro em geral sabe usar bem a internet e ativistas conseguem usar a capacidade dos brasileiros para divulgar ideias na rede. O que falta é o outro lado do hacktvismo - os hackers - conseguirem se unir aos ativistas para lutar por uma causa. "Pelo menos uma parcela da comunidade hacker não está sabendo fazer isso", disse.

Já o sociólogo Sérgio Amadeu acredita que as ações feitas pelos hackers brasileiros não significam muita coisa. Como exemplo, ele citou os protestos feitos pelo Anonymous após o fechamento do MegaUpload pelo governo dos Estados Unidos. O AnonymousBR atacou sites governistas brasileiros em suas ações. "Eles derrubaram o site do governo do Distrito Federal, blogueiros congressistas. Não tem nada a ver com a história. Atacaram por atacar. Quero ver derrubar o site do FBI, quero ver participar junto do protesto", criticou.

Ciberativistas brasileiros

Outra questão abordada no debate foi a participação de brasileiros em manifestações feitas pela internet. Os participantes mostraram opiniões divergentes sobre o tema: alguns defendem a mobilização dos brasileiros na rede, enquanto outros acham que não sabemos protestar.

Alberto Azevedo, do Movimento Software Livre, acredita que os brasileiros têm uma ideia errada do que é o protesto na web. "Trocar a foto do Facebook não vai combater a violência aos animais", afirmou. Anchises mostrou ter uma visão parecida. "O hacktivismo está engatinhando no Brasil. Uma parcela está criando mobilizações defendendo causas políticas, e outras pessoas não têm a mesma capacidade de mobilizar", afirmou.

Já Marcelo Branco, do site Softwarelivre.org, lembrou que muitas das manifestações que ocorreram pelo mundo, e inclusive no Brasil, começaram de protestos na web. "Ciberativismo ser considerado um militante de sofá é uma visão defensiva demais. Nos últimos 12 anos, quase todas as manifestações de rua foram feitas por pessoas conectadas à rede que usaram a internet como forma de mobilização social", afirmou. "A internet é um novo espaço de disputa e envolve tanto progressistas quanto conservadores", finalizou.

Segundo Amadeu, os brasileiros já mostraram que conseguem protestar pela web. "Quando colocamos protestos contra SOPA e PIPA nos trending topics do Twitter antes dos americanos, mostramos que sabemos nos manifestar", afirmou. Para ele, o que falta é uma mobilização maior em algumas questões.
Altemar Carneiro font OD

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Anonymous lança site para denunciar a corrupção no Brasil


Depois de derrubar sites de vários bancos (1, 2, 3, 4), os hackers do Anonymous estão lançando uma nova ferramenta para mostrar alguns documentos que conseguiram armazenar ao longo se suas invasões dos últimos meses. Conforme mostrado no perfil do Anonymous Brasil no Twitter, trata-se do Corrupção Leaks, uma página colaborativa que pede o apoio de todos os internautas.
Segundo o próprio site, todos aqueles que tiverem denúncias devem entrar em contato com os responsáveis pelo Corrupção Leaks e enviar as sugestões – mas são exigidas provas concretas sobre os temas que estão sendo abordados. Para quem quiser anonimato no envio das denúncias, o Anonymous disponibiliza um serviço chamado AnonMail. Você pode acessar o site por este endereço: http://www.corrupcaoleaks.org.

ALTEMAR CARNEIRO

Agência governamental alemã aponta o Chrome como o navegador mais seguro

Antivírus gratuitos e o Gmail estão entre as demais recomendações do BSI para usar computadores de maneira confortável.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
O BSI, Escritório Federal da Alemanha para a Segurança da Informação, divulgou na última sexta-feira (3 de fevereiro) um relatório que aponta o Google Chrome como o navegador mais seguro disponível atualmente. Entre os motivos que levaram à decisão estão o sistema de atualizações automáticas do programa, seu ambiente sandbox e a inclusão do Adobe Flash no pacote de instalação.
Enquanto na maioria dos países do mundo o Internet Explorer é o navegador padrão a acompanhar o Windows, na Europa a história é diferente. Graças a um acordo antimonopólio estabelecido entre a Microsoft e a União Europeia em 2009, toda primeira inicialização do sistema operacional oferece a opção de selecionar o software padrão que vai ser utilizado.
Além de reforçar que a decisão deve ser pelo Google Chrome, o BSI também divulgou vários procedimentos recomendados para manter uma máquina segura — entre eles, sempre baixar as últimas atualizações disponíveis e desinstalar os aplicativos de demonstração que acompanham de fábrica muitos PCs. A agência também afirma que aplicativos de segurança gratuitos como o Microsoft Secutiry Essentials, Avira e Avast constituem a melhor opção para a maioria das pessoas, além de apontar o Gmail como o melhor serviço de email disponível atualmente.

Altemar Carneiro .fonte TM

Mini-gênio de 15 anos encontra falhas no Google, Facebook, Apple e Microsoft

Adolescente levou quatro dias para identificar bugs no Facebook, três para o Google e apenas cinco minutos na Apple


Reprodução
Facebook
  mundo é dos grandes, certo? Errado! Se você acha que construção e engenharia, códigos de programação, desenvolvimento de aparelhos e outros tipos de trabalho são restritos apenas a profissionais formados, é porque ainda não conhece Cim Stordal, um jovem de 15 anos que, como quase todo adolescente, gosta de passar o tempo jogando videogame. Ele também trabalha em uma loja de peixes na cidade de Bergen, na Noruega.

Mas a verdadeira paixão do garoto é, na verdade, encontrar bugs e falhas em alguns dos sites mais utilizados e acessados por milhões de pessoas ao redor do planeta. De acordo com o CNET, Stordal foi condecorado em várias empresas: ganhou um espaço no Google Security Hall of Fame - uma página que reúne nomes de usuários que, de alguma forma, contribuíram para promover a segurança virtual -, foi creditado pela Apple após identificar erros de script no site da companhia, recebeu agradecimentos da Microsoft por apontar itens vulneráveis na organização, e recebeu um cartão de crédito White Hat do Facebook no valor de US$ 500 dólares.

"É só eu olhar o site e descobrir onde posso inserir o HTML que não é filtrado pelo código-fonte. Muitas vezes, eles selecionam alguns elementos, mas se esquecem de algumas coisas embutidas na programação de seus sites e aplicativos. O que um hacker quer é, muitas vezes, os cookies, que podem ser facilmente usados como log-in de usuário", explicou.

O mini-gênio, que começou a procurar por vulnerabilidades em softwares quando tinha 14 anos de idade, afirmou em entrevistas que, entre as empresas vasculhadas, a Apple foi a que apresentou mais facilidade para encontrar falhas. "Encontrei bugs no Facebook depois de quatro dias de pesquisa, e no Google após três. Em compensação, levei apenas cinco minutos para identificar erros de programação na Apple".

"Sempre gostei de estar na frente do computador, e já gostava de programar páginas. Eu queria fazer algo novo e comecei a aprender o básico", declarou. As falhas encontradas por Stordal nas páginas da Apple, Google, Facebook e Microsoft não foram divulgadas por nenhuma das empresas.

Cim Stordal diz que sua família e amigos estão impressionados com suas habilidades para manter alguns sites da web mais seguros. O próximo passo, segundo o adolescente, é procurar por bugs em dispositivos móveis. Ele até já iniciou a criação de um difusor (ferramenta de testes automatizados de software) no seu iPhone 3G.



Altemar Carneiro ,fonte OD

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Anonymous Brasil e os ataques a bancos: será que há como as instituições se protegerem?

Hackers prometem derrubar sites de outros bancos. Especialista dá dicas de como essas instituições podem se prevenir de possíveis invasões



Anonymous (Reprodução)
Anonymous
Caio Carvalho

Você deve estar acompanhando a onda de ataques a sites de várias instituições desde o começo de janeiro, quando projetos como o Stop Online Piracy Act (SOPA) e Protect IP Act (PIPA) desencadearam uma série de protestos contra a liberdade de expressão na internet.

Um dos casos que mais repercutiu nas últimas semanas foi o fechamento do Megaupload pelo FBI, no último dia 19/01, quando o fundador Kim Dotcom e seus funcionários foram acusados de pirataria.

Em meio a tudo isso, os hackers do Anonymous se manifestaram sobre o assunto na mesma noite do fechamento do Megaupload (19/01), quando começaram a atacar e derrubar os sites de diversas organizações, principalmente do governo e da indústria fonográfica.

E um novo acordo está em andamento em mais de 50 países: o Anti-Counterfeiting Trade Agreement, ou ACTA (Acordo Comercial Anticontrafacção, para o português), que promete ser ainda mais perigoso do que o SOPA. O projeto é um tratado global mais abrangente que visa criar determinados padrões internacionais para combater bens falsificados e a pirataria virtual. Saiba mais aqui.

E o Brasil? 

Agora, tudo leva a crer que o Brasil está tomando rumos parecidos na continuação dos protestos contra a censura. Na manhã da última segunda-feira (30/01), o site do banco Itaú Unibanco foi derrubado pelos hackers brasileiros do Anonymous, após o grupo ter anunciado via Twitter que a página da instituição estava fora do ar. O Itaú ficou indisponível entre as 10h05 e 10h11 de ontem, e enfrentou vários outros momentos de instabilidade.

Na manhã de terça-feira, 31/01, foi a vez do Bradesco ter seu site invadido, também pelos hackers do Anonymous, que declararam no Twitter que "o alvo foi atingido" e que o endereço bradesco.com.br "está à deriva". O internet banking da instituição ficou fora do ar por pouco mais de duas horas, tanto para computadores quanto para celulares. De acordo com o Bradesco, o serviço chega a fazer 5 milhões de transações por dia, incluindo consultas a saldos e outras operações.

De acordo com o grupo, esses foram apenas os primeiros de uma série de futuros ataques. Amanhã o alvo será o Banco do Brasil. Na quinta-feira é a Caixa, e na sexta-feira o Santander. Os responsáveis pela queda, que comemoraram o acontecimento no microblog, lançaram uma ação chamada #OpWeeksPayment (algo como "operação semana de pagamento"), um protesto contra a corrupção e que será feito ao longo de toda esta semana. O objetivo, segundo os hackers, é apenas um: deixar um serviço de internet banking fora do ar, todos os dias, por pelo menos 12 horas.

De acordo com o Anonymous, a escolha deste período para a realização dos ataques não foi por acaso. Esta semana concentra os dias em que a maioria das empresas fazem o pagamento de salários aos funcionários e, logo, quando os sites de internet banking têm maiores demandas de acesso.

Mas como um grande site pode se proteger de ataques DDoS?

Diantes dessas informações, uma das grandes perguntas é: como proteger a segurança virtual desses sites e evitar possíveis ataques? Na visão de Flávio Carvalho, diretor de serviços gerenciados de segurança e especialista no assunto, o que temos visto nas ações do Anonymous são grandes ataques distribuídos de negação de serviço (ou DDoS, como são popularmente conhecidos), com o objetivo de tirar do ar, por sobrecarga, os sites alvo.

Flávio acredita que, como sempre, há grande divulgação em torno das ações dos hackers, mas que é possível tomar certas precauções para minimizar, ou até mesmo conter as invasões que podem ser bem sucedidas e causar danos. Contudo, vale lembrar de que a segurança procura reduzir os riscos a níveis toleráveis, pois não é possível eliminá-los completamente.

As recomendações para os bancos, neste caso, são simples. Em parceria com as principais operadoras de Telecom, deve-se monitorar de perto o tráfego de dados e ativar soluções de segurança como "black holes", para filtrar os ataques em suas principais origens. Esses ataques são distribuídos, mas sempre há origens de tráfego mais intenso, que podem ser filtradas na operadora, minimizando o impacto da invasão.

Em segundo lugar, as instituições bancárias devem optar por sistemas de prevenção de intrusos (IPSs) de grande capacidade, de modo a conseguir mapear na entrada o máximo possível de acesso indesejado. Feito isso, por fim, ativar o máximo da capacidade de servidores extras.

Como o especialista Flávio bem disse, é claro que nem mesmo o melhor aparato do mundo poderia manter um site completamente seguro e livre de ataques hackers, como os que estamos vendo aos bancos nos últimos dias. Mas já é um começo, levando em consideração a natureza da situação, que no caso envolve as contas e outros serviços bancários relacionados a quase toda a população.

Por um lado, há quem apoie a iniciativa dos brasileiros do Anonymous na marcha contra o fim da liberdade de internet, que parece não ter precedentes e nem limites com o extinto SOPA e o futuro ACTA. Por outro, acreditam que a prática dessas invasões não tem um objetivo mais concreto e fundamentado, além do fato de que isso não vai levar a nada e afetar a vida da população nacional, em especial ao que usam o internet banking todos os dias, para inúmeras transações.
 Altemar  Carneiro fonte OD

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dados do MegaUpload não serão apagados por pelo menos mais duas semanas

Arquivos corriam risco de serem deletados nesta quinta-feira (02/02), mas advogados do serviço conseguiram adiar por mais 15 dias


megaupload
Os dados do MegaUploadnão serão deletados por pelo menos mais duas semanas. De acordo com o site CNET, o advogado do serviço conseguiu garantir mais 15 dias de negociações antes que os servidores que hospedam arquivos nos Estados Unidos sejam apagados.

Os arquivos corriam risco de serem apagados nesta quinta-feira (02/02). Os fundadores do MegaUpload estão presos após serem acusados de pirataria e lavagem de dinheiro. As contas bancárias estão congeladas, o que impede o pagamento dos servidores que hospedam os dados enviados por usuários.

Agora o MegaUpload procura uma forma dos usuários conseguirem recuperar os arquivos hospedados no serviço. Além de conteúdo protegido por direitos autorais, também estão hospedados arquivos pessoais de cerca de 50 milhões de usuários nos servidores dos EUA. O MegaUpload quer que, antes dos dados serem completamente apagados, os usuários consigam recuperar o que enviaram para lá.
Altemar Carneiro ,fonte OD

Anonymous derruba site do banco Itaú; hackers garantem novos ataques

Indisponibilidade ocorreu durante "alguns momentos", informou o Itaú, em nota. Hackers pretendem derrubar mais serviços de internet banking
Hackers brasileiros do grupoAnonymous divulgaram nesta segunda-feira o início de uma ação para tirar do ar sites dos principais bancos públicos e privados no Brasil.

O anúncio foi feito noTwitter brasileiro dos hackers que, segundo informações, lançaram uma ação chamada #OpWeeksPayment, um protesto contra a corrupção que será feito ao longo da semana. O objetivo é deixar um serviço de internet banking fora do ar, todos os dias, por pelo menos 12 horas.

Ainda de acordo com o Anonymous, a escolha desta semana não foi por acaso, pois concentra dias em que a maioria das empresas fazem o pagamento de salários aos funcionários e, portanto, quando os sites de internet banking têm maiores demandas de acesso.

Segundo a Folha de S. Paulo, o primeiro alvo foi o site do banco Itaú, que ficou indisponível entre as 10h05 e 10h11, após a equipe do jornal realizar diversas tentativas de acesso neste período, por três conexões de redes diferentes. Entre as 10h11 e 10h20, o portal bancário passou a funcionar, mas com lentidão. O grupo de hackers comemorou a instabilidade do site em seu perfil no Twitter, além de já terem dois bancos públicos e dois privados na mira de novos ataques.

"O Itaú Unibanco informa que houve indisponibilidade em seu site durante alguns momentos hoje, mas a normalidade foi retomada em seguida. Importante lembrar que todos os demais canais eletrônicos estavam disponíveis para as operações dos clientes. Caso encontrem dificuldade, os clientes têm à disposição o telefone (30Horas), mais de 29 mil caixas eletrônicos onde podem fazer mais de 300 operações, além de toda a rede de agências, que hoje possui cerca de 5 mil unidades em todo o país”, declarou a assessoria de imprensa do Itaú em nota.
Altemar Carneiro fonte  OD

ACTA: a Lei que promete ser ainda mais severa que o SOPA

Projeto visa criar padrões internacionais mais rigorosos para combater bens falsificados e a pirataria virtual

ACTA (Reprodução)
ACTA
Caio Carvalho

O ano mal começou e já podemos sentir um pouco do que ainda está por vir nos próximos meses. Desde o início de janeiro, a internet foi tomada por uma onda de protestos contra o Stop Online Piracy Act (SOPA) e Protect IP Act (PIPA), em pauta no congresso americano até meados de janeiro, quando foram paralisados (ou mortos).

Após as constantes pressões do público, a decisão para impedir que o projeto continuasse, na teoria, partiu do próprio criador, Lamar Smith, que desistiu da causa "até que haja um amplo acordo sobre uma solução".

Contudo, uma ameaça ainda maior já pode estar em andamento, e talvez até mais perigosa que o SOPA para as liberdades de internet: Anti-Counterfeiting Trade Agreement, ou ACTA (Acordo Comercial Anticontrafacção, para o português). Pelo menos é isso o que afirma Darrell Issa, representante político do estado da Califórnia.

Segundo entrevista para o Fórum Mundial de Economia, na Suíça, "apesar de não mudar as leis já existentes, [o ACTA] é mais perigoso do que o SOPA pois, uma vez implementado, vai criar um sistema de aplicação totalmente novo e atar as mãos do Congresso americano caso queiram desfazê-lo no futuro".

O que é o ACTA?

Reprodução
Com as mesmas prerrogativas do projeto americano SOPA, o ACTA é um tratado global mais abrangente que visa normatizar a proteção de direitos autorais e propriedade intelectual entre os países participantes, ou seja, criar determinados padrões internacionais para combater bens falsificados e a pirataria virtual. Além disso, seu objetivo inclui penas para quem for acusado de "contrabando" online, como restrições ao acesso à internet, por exemplo, e também se expande para a falsificação de medicamentos e produtos de grife.

O acordo ainda sofre críticas porque a maior parte das negociações é feita secretamente e por estar sob suspeitas de beneficiar as grandes corporações, ao mesmo tempo em que fecha o cerco à liberdade dos usuários da web ao rastrear conexões e implantar filtros de navegação. Embora não esteja claro, Darrell Issa acredita que muitas coisas no SOPA são basicamente implementadas no ACTA.

Com negociações iniciadas formalmente em 2008, a construção do projeto foi conduzida em segredo até 2009, quando o Wikileaks revelou ao público a existência dos arquivos confidenciais. Em 2011, o tratado foi aberto para assinaturas e foi prontamente reconhecido pelos países que participaram das reuniões - com exceção da União Europeia (UE). Meses depois, Austrália, Coreia do Sul, Marrocos, Nova Zelândia e Cingapura também aderiram ao protocolo.

Esta semana, o ACTA foi assinado por 22 estados membros da UE, em Tóquio, mas só deve ser efetivamente colocado em prática no território europeu após a aprovação do parlamento, que deve acontecer em junho deste ano. Agora, o projeto já tem um número significativo de nações apoiadoras, tais como Polônia, França, Itália, Japão, Singapura, Suíça, e, claro, os Estados Unidos (que assinou a petição no ano passado). Todas ainda têm tentado restringir o quanto puderem o acesso generalizado de seus cidadãos aos documentos que servem de base à negociação do projeto.

O que pode mudar com o ACTA?

Reprodução
Mesmo sem saber sobre a versão final do ACTA, o que se sabe é que seus objetivos são similares ao SOPA, com a diferença de que será muito mais abrangente e seus mecanismos de implementação e punição são ainda mais rigorosos para os que descumprirem as leis.

Uma dessas implementações prevê que o acordo transforme servidores de internet em vigilantes da rede. Basicamente, eles serão obrigados a fornecer dados privados de usuários suspeitos para as indústrias detentoras de direitos autorais. Neste caso, o detentor terá de apresentar justificativas razoáveis que mostrem e comprovem a infração. O problema é que o ACTA não deixa claro qual e como seriam os motivos para justificar o crime, trazendo, então, implicações diretas para a privacidade virtual.

Os ISPs norte-americanos já estão habituados a um sistema parecido, que obriga os intermediários técnicos, como os fornecedores de acesso à internet, a remover todos os conteúdos ilícitos sempre que receberem uma notificação dos detentores de direitos, caso não desejem ser processados.

Apesar das pressões das editoras discográficas, até o momento os ISPs norte-americanos não têm cooperado, e é justamente isso o que a ACTA pretende mudar: além de fazer essa regra de caráter global, os ISPs poderão passar a ser obrigados a filtrar ou bloquear conteúdos protegidos por direitos de autor. Isso já acontece na Coreia do Sul, onde a subsidiária do Google optou por impedir todos os uploads de vídeos e comentários.

Por fim, o tratado reforça ainda mais a proteção concedida às medidas técnicas de segurança, mais conhecidas como DRM, a ponto de prever a aplicação de leis civis e criminais a quem contornar ou distribuir ferramentas que driblem essas tecnologias anticópia. Além disso, podem ser implantadas leis alfandegárias, o que deve significar a fiscalização e apreensão de bens como notebooks e mp3 players. Para isso, apenas a suspeita de que tais itens violam direitos autorais já seria suficiente para condenar um culpado.

Manifestações

Reprodução
Enquanto o projeto segue em andamento, o número de entidades e figuras políticas que se posicionam contra a aplicação efetiva do tratado aumenta cada vez mais. A deputada holandesa Marietje Schaake, que participa do parlamento europeu, declarou em nota oficial a preocupação com a falta de transparência com a qual o acordo foi negociado, além dos impactos reais que ele terá na liberdade de expressão na internet.

Já os franceses do Le Quadrature du Net - uma ONG que alerta governos e a sociedade sobre projetos que ameaçam liberdades civis na web - veem a assinatura do ACTA pela UE como uma armadilha para a democracia. Nem mesmo o temido grupo de hackers Anonymous ficou de fora dos críticos. Em postagens recentes no Twitter, eles deixam clara a posição contrária ao acordo, e promete retaliações.

O público que mais tem protestado diante do tratado são os poloneses que, desde o início desta semana, invadiram as ruas contra a participação da Polônia no projeto. Em Varsóvia, os manifestantes ocuparam a frente do gabinete da União Europeia, onde, com adesivos colados na boca, cartazes com dizeres "Pare ACTA" e máscara de Guy Fawkes, se declararam contra a entrada do ACTA no país.

Altemar Carneiro
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